Como vencer um debate sem precisar ter razão – em 38 estratagemas (dialética erística)', ou simplesmente Dialética erística, é um importante, porém inconcluso, acréscimo do sistema filosófico de Arthur Schopenhauer, publicado póstumo por Julius Frauenstädt. Nele, Schopenhauer analisa os "principais esquemas argumentativos enganosos que os maus filósofos utilizam, com razoável sucesso, para persuadir o público de que 2 + 2 = 5",1 baseando-se, principalmente, nos Tópicos de Aristóteles. Mencione-se que, por dialética erística, termo que constitui o subtítulo do livro, Schopenhauer entende "a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isto per fas et nefas (por meios lícitos ou ilícitos)".2

Estratagemas dialéticos

Na obra, Schopenhauer distingue os seguintes estratagemas dialéticos:

1) "Ampliação indevida"

”Levar a afirmação do adversário para além de seus limites naturais, interpretá-la do modo mais geral possível, tomá-la no sentido mais amplo possível e exagerá-la. Restringir, em contrapartida, a própria afirmação ao sentido mais estrito e ao limite mais estreito possíveis. Pois quanto mais geral uma afirmação se torna, tanto mais ataques se podem dirigir a ela.” 3 Exemplo:
A diz que as drogas devem ser legalizadas. B, então diz que, como os traficantes usualmente cometem homicídios, seqüestros, extorsões, etc, se as drogas forem legalizadas, os bandidos serão anistiados de todos esses crimes. Comentário: o argumento a favor da legalização propõe a anistia de um único crime: o comércio de determinadas substâncias. Nada foi dito em relação aos demais crimes, pois supõe-se que estes devam permanecer proibidos.

2)"Homonímia sutil"

“Usar a homonímia para tornar a afirmação apresentada extensiva também àquilo que, fora a identidade de nome, pouco ou nada tem em comum com a coisa de que se trata; depois refutar com ênfase esta afirmação e dar a impressão de ter refutado a primeira.”4 Exemplo:
Em artigo de 5/11/20105 , Reinaldo Azevedo comenta o filme “Tropa de Elite 2”. No filme, o protagonista, Coronel Nascimento, refere-se diversas vezes ao “sistema”, o qual se propõe combater. Azevedo conclui, a partir disso, que o personagem passou a usar o discurso de esquerda, a qual também se propõe combater o tal “sistema”. Comentário: A esquerda usa a palavra “sistema” para se referir ao “sistema capitalista”[carece de fontes], que consiste do livre mercado, propriedade privada, busca do lucro, etc. Já o Coronel Nascimento usa a mesma palavra para tratar da cultura da imoralidade e da impunidade, que permite que o crime se alastre, contando com o apoio de políticos e policiais corruptos.

3)"Mudança de modo"

“A afirmação que foi apresentada em modo relativo ... é tomada como se tivesse sido apresentada em modo absoluto, universalmente ..., ou pelo menos é compreendida em um sentido totalmente diferente, e assim refutada com base neste segundo contexto.” 6 Isto faz com que “o adversário, na realidade, fala de uma coisa distinta daquela que se havia colocado. Quando nos deixamos levar por este ‘’estratagema’’, cometemos, então, uma ‘’ignoratio elenchi’’ (ignorância do contra-argumento).” 7 Exemplo: A defende a descriminalização do aborto. B argumenta que ao descriminalizar o aborto o homicídio de qualquer natureza será descriminalizado.

4)"Pré-silogismos"

“Se queremos chegar a uma certa conclusão, devemos evitar que esta seja prevista, e atuar de modo que o adversário, sem percebê-lo, admita as premissas uma de cada vez e dispersas sem ordem na conversação”.8 Segundo Olavo de Carvalho, esta técnica é comumente usada em processos “de manipulação da opinião pública”.8

5)"Uso intencional de premissas falsas"

Pode-se, para comprovar as próprias “proposições, fazer antes uso de proposições falsas, se o adversário não quiser aceitar as verdadeiras, seja porque percebe que delas a tese será deduzida como conseqüência imediata. Então adotaremos proposições que são falsas em si mesmas mas verdadeiras ‘’ad hominem’’, e argumentaremos ‘’ex concessis’’, a partir do modo de pensar do adversário.” 9

6)"Petição de princípio oculta"

“Ocultamos uma ‘’petitio principii’’, ao postular o que desejamos provar: 1) usando um nome distinto ... ou ainda usando conceitos intercambiáveis ...; 2) fazendo com que se aceite de um modo geral aquilo que é controvertido num caso particular ...; 3) se, em contrapartida, duas coisas são consequência uma da outra, demonstraremos uma postulando a outra; 4) se precisamos demonstrar uma verdade geral e fazemos que se admitam todas as particulares (o contrário do número 2).” 10

7)"Perguntas em desordem"

“Quando a disputa é conduzida de modo rigoroso e formal e queremos fazer com que nos entendam com perfeita clareza, então aquele que apresentou a afirmação e deve prová-la procede contra o adversário fazendo perguntas para concluir a verdade a partir das próprias concessões do adversário.” E: “Fazer de uma só vez muitas perguntas pormenorizadas, e assim ocultar o que, na realidade, queremos que seja admitido”. 11

8)"Encolerizar o adversário"

“Provoca-se a cólera do adversário, para que, em sua fúria, ele não seja capaz de raciocinar corretamente e perceber sua própria vantagem.” 12

9)"Perguntas em ordem alterada"

“Fazer as perguntas numa ordem distinta da exigida pela conclusão que dela pretendemos, com mudanças de todo gênero; assim, o adversário não conseguirá saber aonde queremos chegar e não poderá prevenir-se.”13

10)"Pista falsa"

“Se percebemos que o adversário, intencionalmente, responde pela negativa às perguntas cuja resposta afirmativa poderia confirmar nossas proposições, então devemos perguntar o contrário da proposição que queremos usar, como se quiséssemos que fosse aprovada, ou então, pelo menos, por as duas à escolha, de modo que não se perceba qual delas queremos afirmar.”13

11)"Salto indutivo"

Se o adversário já aceitar casos particulares, não “perguntar-lhe se admite também a verdade geral” derivada dos casos particulares; introduzi-la “como se estivesse estabelecida e aceita”.14

12)"Manipulação semântica"

Associar a um termo um conjunto de significados diferentes do original. Com isso, o termo já conterá, em si, a conclusão a que se quer chegar.

13)"Alternativa forçada"

Apresentar ao adversário uma alternativa menos provável que sua própria.15

14)"Falsa proclamação de vitória"

Veja: Falácia da falsa proclamação de vitória

15)"Anulação do paradoxo"

Para triunfar, faz-se uma redução ad absurdum.

16)"Várias modalidades do argumentum ad hominem"

Usar argumentos anteriormente defendidos pelo adversário para tentar refutar a tese presente. Exemplo:
Em um debate sobre cotas raciais em uma TV do Rio de Janeiro, Rodrigo Constantino comenta que Thomas Sowell fez um estudo sobre as ações afirmativas ao redor do mundo e constatou que elas só trouxeram mais desigualdade e privilégios para negros ricos. A réplica do adversário foi dizer que Thomas Sowell era ligado a um grupo da Universidade Stanford que apoia o Partido Republicano. Comentário: Segundo o critério do debatedor, o fato de alguém apoiar um determinado partido político de que se discorda é o suficiente para invalidar suas conclusões científicas.

17)"Distinção de emergência"

Salvar-se “mediante alguma distinção sutil, na qual não havíamos pensado anteriormente, caso a questão admita algum tipo de dupla interpretação ou dois casos diferentes.”16

18)"Uso intencional da mutatio controversiae"

Estratagema que consiste em “interromper o debate a tempo” quando se está ameaçado de ser abatido, sair do debate “ou desviá-lo e levá-lo para outra questão”.17

19)"Fuga do específico para o universal"

Por exemplo, “se temos de dizer por que uma determinada hipótese física não é crível, falaremos da incerteza geral do saber humano, ilustrando-a com toda sorte de exemplos.”18

20)"Uso da premissa falsa previamente aceita pelo adversário"

Trata-se de “um uso da ‘’fallacia non causae ut causae’’”.19

21)"Preferir o argumento sofístico"

No debate com um adversário, a escolha de um (simples) argumento do tipo ad hominem pode ser mais eficaz do que tentar persuadir o adversário mediante longas explicações “sobre a verdadeira natureza das coisas”.20

22)"Falsa alegação de petitio principii"

Alegar que o adversário está fazendo uma petitio principii quando ele quer que admitamos algo que leve à formulação do problema.

23)"Impelir o adversário ao exagero"

No calor do debate, levar o adversário a exagerar suas posições. Como o exagero costuma levar a contradições, podemos refutar essas contradições como se estivéssemos refutando o argumento original.

24)"Falsa reductio ad absurdum"

Tirar falsas conclusões absurdas dos argumentos do adversário. Com isso, refutam-se essas conclusões, fazendo tudo parecer uma reductio ad absurdum.

25)"Falsa instância"

Usar um argumento que apenas parece contrário àquele que o adversário enunciou.

26)"Retorsio argumenti"

Usar o argumento do adversário contra ele próprio, quando isso for possível.

27)"Usar a raiva"

Quando o adversário fica irritado com algum argumento nosso, devemos insistir nesse ponto, porque provavelmente ali há uma inconsistência.

28)"Argumento ad auditores"

Apresentar uma objeção falsa, mas cuja falsidade somente poderia ser percebida por um auditório capacitado no assunto em questão. Exemplo:
Todos os argumentos de ONGs e ambientalistas, que dizem que é preciso reduzir a emissão de gás carbônico a fim de reduzir o efeito estufa (e, consequentemente o aquecimento global). Comentário: As causas do aquecimento global (e até a própria existência de tal fenômeno) ainda não foram completamente comprovadas e continuam sendo questionadas (cada vez menos) por um grupo de cientistas. Mas o argumento é sempre apresentado à plateia leiga como se fosse consensual. Ou afirmar que não há convergência científica sobre o assunto quando na verdade há.

29)"Desvio"

Mudar de assunto fingindo que ainda se está rebatendo a questão do adversário. Ou mesmo, de modo insolente, atacar o adversário pessoalmente.

30)"Argumentum ad verecundiam"

Citar autoridades no assunto para refutar uma tese. Este estratagema funciona tanto melhor quanto menores forem os conhecimentos do adversário a respeito do que disse a autoridade invocada e quanto maior for a veneração dele diante de tal autoridade.

31)"Incompetência irônica"

Fingir que não entendeu o que o adversário disse e declarar isso ironicamente. Nas circunstâncias certas, isso faz o adversário parecer um idiota que não sabe organizar o raciocício ou que está simplesmente declarando algo patentemente falso.

32)"Rótulo odioso"

Estratagema que visa reduzir uma afirmação do adversário “a uma categoria geralmente detestada”. Exemplo:
Nos debates dos candidatos à presidência da República Federativa do Brasil em 2010, a candidata Dilma Rousseff usou várias vezes um argumento ad hominem para desqualificar o adversário atribuindo-lhe o rótulo de “privatista”[carece de fontes]. Comentário: como a palavra “privatização” está arraigada na mente dos brasileiros como a parte mais visível do processo de alienação sem contrapartidas do patrimônio nacional, os argumentos de José Serra já eram “refutados” in limine. Este exemplo é uma combinação dos estratagemas 32 e 12.

33)"Negação da teoria na prática"

Aceitar os fundamentos de um argumento, mas negar que eles possam ser colocados em prática. Exemplo:
A diz que o Estado deve proibir as armas de brinquedo, pois estas estimulam a violência nas crianças. B contesta dizendo que, mesmo que isso seja verdade, é dever dos pais fazer essa vigilância. A rebate em tom irônico: “Ah, se na prática fosse assim...”. Comentário: o tom irônico é fundamental para dar força a este estratagema. O sarcasmo ajuda a esconder o sofisma: se na prática os pais não são capazes de cuidar de seus próprios filhos, tanto menos será o Estado, que tem provado consistentemente sua incompetência em toda as áreas, em particular na educação das crianças.

34)"Resposta ao meneio de esquiva"

Estratagema que prevê não dar informação direta, mas esquivar-se com contraperguntas ou respostas indiretas.

35)"Persuasão pela vontade"

Estratagema que funciona quando estão em jogo os interesses do adversário. Esse estratagema torna, nas poucas circunstâncias que funciona, todos os outros estratagemas supérfluos.21

36)"Discurso incompreensível"

“Desconcertar, aturdir o adversário com um caudal de palavras sem sentido. Isto baseia-se em que, ‘normalmente o homem, ao escutar apenas palavras, acredita que também deve haver nelas algo para pensar’ (Goethe, ‘’Fausto’’”22 (Veja, a esse respeito, por exemplo, as críticas de Alan Sokal contra o chamado Pós-modernismo.)

37)"Tomar a prova pela tese"

Quando o adversário usa uma prova ruim para defender uma ideia valida, podemos nos aproveitar disso e provar que a ideia é invalida, a julgar pela refutação da tese apresentada. Um exemplo que Schopenhauer cita é o do argumento ontológico, como prova da existência de Deus.

38)"Último estratagema: Ofensas pessoais"

Atacar o adversário pessoalmente, com grosseria e agressividade, quando o debate se mostra de todo perdido.

Ver também

A Jordânia (em árabe: الأردن‎; transl.: al-Urdunn), oficialmente Reino Hachemita da Jordânia (em árabe: المملكة الأردنّيّة الهاشميّة; transl.: al-Mamlakah al-Urduniyah al-Hashimiyah), é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Síria, a leste pelo Iraque, a leste e a sul pela Arábia Saudita e a oeste pelo Golfo de Aqaba (através do qual faz fronteira marítima com o Egito), por Israel e pelo território palestiniano da Cisjordânia. Sua capital é a cidade de Amã.
 
A cidade de Petra
A história desta região remonta há muitos anos, já sendo dominada sucessivamente por distintos povos, sendo habitada por amonitas, amoritas, moabitas e edomitas. A partir do século VII a.C., a presença mais expressiva é a dos nabateus, um povo nômade que constrói uma próspera civilização na área, beneficiando-se do controle das importantes rotas de caravanas localizadas na região. Subsequentes invasores e colonos incluíram egípcios, israelitas, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos, cruzados cristãos, turcos otomanos e, finalmente, os britânicos.
No fim da Primeira Guerra Mundial, o território que agora compreende Israel, a Jordânia, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém foi concedido ao Reino Unido como o Mandato Britânico da Palestina. Em 1922, a Grã-Bretanha dividiu o controle estabelecendo o semiautônomo Emirado da Transjordânia, regido pelo príncipe hachemita Abdalá, enquanto continuou a administração do restante da Palestina sob um alto comissariado britânico. O domínio sob a Transjordânia acabou oficialmente em 22 de maio de 1946; em 25 de maio, o país tornou-se independente como Reino Hachemita da Transjordânia. O tratado especial de defesa com o Reino Unido acabou em 1957.
A Jordânia assinou um pacto de defesa mútua em maio de 1967 com o Egito, e participou na Guerra de 1967 entre Israel e os Estados árabes de Síria, Egito (República Árabe Unida) e Iraque. Durante a guerra, Israel ganhou o controle da Cisjordânia e toda a cidade de Jerusalém. Em 1988, a Jordânia renunciou todas as reivindicações sobre a Cisjordânia, mas reteve um papel administrativo sob uma colonização final, e o tratado com Israel permitiu a continuidade do papel jordano nos lugares sagrados dos muçulmanos em Jerusalém. O governo dos EUA considera a Cisjordânia como um território ocupado por Israel e acredita que o estado final seja determinado através de negociações diretas entre as partes nas bases das resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança da ONU.
A guerra de 1967 trouxe um dramático aumento do número de palestinos vivendo na Jordânia. A população de refugiados – 700 000 em 1966 – cresceu com outros 300 000 da Cisjordânia. O período que se seguiu à guerra de 1967 viu um aumento no poder e importância dos elementos de resistência palestina (fedayin) na Jordânia. Os fedayin fortemente armados começaram a ser combatidos pelas forças de segurança do estado hachemita, e a luta aberta eclodiu em junho de 1970.
Em setembro, a continuidade das ações dos fedayin na Jordânia obrigou o governo a tomar uma ação para reaver o controle sobre sua população e território. A batalha, na qual soldados palestinos de diversas fações da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foram expulsos da Jordânia tornou-se conhecida como "Setembro Negro". As batalhas mais ferozes foram travadas no norte do país e em Amã. Outros governos árabes tentaram contribuir para uma solução pacífica, porém a situação se complicou quando uma força de tanques sírios tomou posições no norte da Jordânia para apoiar os fedayin, e foi forçada a recuar. Em 22 de setembro, ministros do exterior árabes reunidos no Cairo conseguiram um cessar-fogo começando no dia seguinte. Violências esporádicas continuaram, entretanto, até que as forças jordanas lideradas por Habis Al-Majali e com a ajuda de forças iraquianas (que tinham bases no país desde a guerra de 1967), obtiveram uma vitória decisiva sobre os fedayin em julho de 1971, expulsando-os totalmente do país.
Em conferência realizada na cidade de Rabat, em 1974, a Jordânia concordou, juntamente com o resto da Liga Árabe, que a OLP fosse a "única representante legítima do povo palestino", deixando definitivamente então para a organização o papel de representar a Cisjordânia.
Ocorreram batalhas ao longo da linha do cessar-fogo de 1967, no rio Jordão, durante a guerra árabe-israelita de outubro de 1973, mas a Jordânia mandou uma brigada para a Síria para lutar contra as unidades israelenses. A Jordânia não participou da Guerra do Golfo de 1990-91. Em 1991, a Jordânia aceitou, juntamente com representantes da Síria, Líbano e representantes palestinos, participar de negociações de paz diretas com Israel na Conferência de Paz de Madrid, mediadas pelos Estados Unidos e Rússia. Foi negociado o fim das hostilidades com Israel e uma declaração neste sentido foi assinada em 25 de julho de 1994 (ver Declaração de Washington). Como resultado, o Tratado de paz Israel-Jordânia foi concluído em 26 de outubro do mesmo ano. Com o início das lutas entre Israel e a Autoridade Palestina, em setembro de 2000, o país ofereceu-se como mediador para ambos os lados. Desde então, a Jordânia tem procurado ficar em paz com todos os seus vizinhos.
Em 9 de novembro de 2005 a Jordânia sofreu três atentados simultâneos à bomba em diferentes hotéis de Amã. Pelo menos 57 pessoas morreram e 115 ficaram feridas. O grupo "Al-Qaeda no Iraque", liderado pelo terrorista Abu Musab al-Zarqawi, um jordano de nascimento, assumiu a responsabilidade.

Política

A Jordânia é uma monarquia constitucional, baseada na constituição de 1952, mas o rei detém amplos poderes executivos e legislativos. Ele serve como Chefe de Estado e Comandante-em-Chefe, e nomeia o poder executivo, que consiste no primeiro-ministro, conselho de ministros, e os governadores regionais. O monarca atual é Abdalá II.
O Parlamento da Jordânia consiste de duas câmaras: Câmara dos Representantes (Majlis an-Nuwāb) e Câmara do Senado (Majlis al-'Aayan).
O rei Abdalá II sucedeu seu pai Hussein, após a morte deste último, em fevereiro de 1999. Abdalá moveu-se rapidamente para reafirmar o tratado de paz da Jordânia com Israel e suas relações com os Estados Unidos. Durante o primeiro ano no poder, ele reorientou a agenda do governo sobre a reforma econômica.

Forças armadas

As Forças Armadas da Jordânia estão sob o controle direto do rei da Jordânia, que é o comandante-em-chefe. Sua missão é defender e manter a soberania, a segurança e a estabilidade do país contra qualquer ameaça externa ou interna. Recebem um forte apoio e ajuda dos Estados Unidos, Reino Unido e França. Isto se deve à sua posição crítica entre Israel, Cisjordânia, Síria, Iraque e Arábia Saudita, e muito próxima ao Líbano e Egito.

Subdivisões

Jordan governorates named.png
A Jordânia está subdividida em 12 "governorados":
Governorado População (2008)3 Área (km²) Densidade (/km²) Capital População (2008)4
Amã 1,939,405 8231 246.3 Amman 1,135,733
Irbid 950,700 1621 570.3 Irbid 650,0005
Zarqa 838,250 4080 205.5 Zarqa 447,880
Balqa 349,580 1076 324.9 Salt 96,7006
Mafraq 245,671 26435 9.3 Mafraq 56,340
Karak 214,225 3217 66.6 Karak 68,810
Jerash 156,680 402 379 Jerash 39,540
Madaba 135,890 2008 67.7 Madaba 83,180
Ajloun 118,496 412 287.1 Ajloun 55,0007
Aqaba 107,115 6583 16.3 Aqaba 95,408
Ma'an 103,920 33163 3.1 Ma'an 50,3508
Tafilah 81,000 2114 38.3 Tafilah 30,000

Geografia

A Jordânia é essencialmente um grande planalto cuja altitude vai decrescendo desde as serras relativamente baixas da zona ocidental (altitude máxima de 1754 m no Jabal Umm ad Dami, a sudoeste) até às fronteiras orientais. A parte ocidental é a mais acidentada, não só devido às cadeias montanhosas, mas também à descida abrupta até à depressão que liga o mar Vermelho ao mar Morto e ao rio Jordão.
Todo o país é desértico ou semi-desértico, sendo a zona menos árida também aquela onde se aglomera a maior parte da população: a região noroeste, separada da Cisjordânia pelo Jordão. As maiores cidades são Amã e Irbid.
Na Jordânia ficava o oásis de Azrad, que se reduziu a pó após projetos de irrigação.

Economia

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A Jordânia é um país pequeno com recursos naturais bastante limitados, mas melhorou muito desde a sua independência. Seu PIB per capita cresceu 351% na década de 1970. Mas este crescimento provou ser insustentável encolhendo para 30% nos anos 1980, recuperando-se um pouco nos anos 1990. A economia da Jordânia depende da exploração de fosfatos, carbonato de potássio, do turismo, da comercialização de fertilizante e de outros serviços. Estas são suas fontes principais do salário da moeda corrente. Na falta de florestas, reservas de carvão, energia hidrelétrica e de depósitos de petróleo comercialmente viáveis, a Jordânia aposta no gás natural para suprir internamente pelo menos parte de suas necessidades de energia. A Jordânia importa o petróleo do Iraque.

Demografia

A maior parte da população da Jordânia é de origem árabe. As principais minorias étnicas correspondem à dos armênios e a um reduzido grupo de origem caucasiana. Quase todos os habitantes são muçulmanos sunitas, embora existam pequenas comunidades xiitas e cristãs - das quais um terço pertence à Igreja Ortodoxa Grega.
A elevada taxa de natalidade (3,6 filhos por mulher) e o ingresso de imigrantes constituem a base do alto crescimento demográfico. O fluxo imigratório é formado, em sua maioria, por refugiados palestinos procedentes da Cisjordânia. As condições climáticas e a disponibilidade de água são os fatores que determinam distribuição da população, concentradas nas proximidades do lago de Tiberíades, do mar Morto e ao longo do rio Jordão.